“Os instrumentos das boas obras:
Não ser dado ao vinho.
Não ser guloso.
Não ser apegado ao sono.
Não ser preguiçoso.
Não ser murmurador.
Não ser detrator.”
RSB, Cap. 4, 35-40
Depois que se obteve, pelo exame humilde de si mesmo, tal sinceridade e simplicidade de desejos e tal fidelidade de amor, as sentenças seguintes parecem quase um retrocesso em comparação com a linha ascendente até então seguida:
“Não ser dado ao vinho,
não ser voraz,
não ser amante do sono,
não ser preguiçoso,
não ser murmurador, .
não ser detrator”.
Podemos notar que, às vezes, homens virtuosos ainda são bastante inclinados aos prazeres da mesa e apreciam um certo bem estar material. Enquanto, de um lado, fazem grandes sacrifícios espirituais, deixam-se por outro lado levar por tendências inferiores. Vale isto não somente no tocante à comida, bebida e sono; mas ainda evitam em geral qualquer esforço, caindo facilmente na preguiça. São cheios de caprichos e, por causa da mutabilidade de caráter, criticam os superiores e confrades. Não gostam de admitir nos outros a seriedade de esforços e o êxito. Todos os defeitos que são censurados aqui têm origem na falta de domínio sobre si mesmo. Eles são um sinal de mediocridade do caráter, que se deixa arrastar pelo egoísmo. Seria humilhante não quisesse o monge lutar seriamente contra tais inclinações, cuja emenda depende de uma decisão enérgica da vontade.
Dom Ildefonso Herwegen, OSB
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