
“Para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas e poderosíssimas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei.”
RSB, Prólogo, 2-3
A finalidade é a obediência. Nós todos temos parte na desobediência às ordens divinas pelo pecado original e por nossos pecados pessoais. Por isso nós todos precisamos de voltar a Deus pelo labor da obediência. Labor, além de esforço, trabalho, significa também sofrimento, necessidade. Assim, como a desobediência é preguiça, a obediência é trabalho e esforço. Mas é justamente pelo trabalho e pela luta que se revela a ação da vida e se realiza a ascensão às coisas mais elevadas.
A escuta é logo seguida da obediência. Escutar e não fazer é desobediência. Desobediência é preguiça, a obediência é trabalho e esforço. “Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.” (Mt 7, 24-27)
É indispensável, portanto, o desejo de realizar aquilo que escutamos de Deus.
Mas a obediência somente será digna da aceitação de Deus e doce aos homens, se o que é ordenado for executado sem tremor, sem delongas, não mornamente, não com murmuração, nem com resposta de quem não quer.
Dom Ildefonso Herwegen, OSB
Deixe um comentário para Maria Aparecida Barcelos Pereira Cancelar resposta